Programa de Aids avalia maior risco de profissionais do sexo pegarem o HIV na relação com próprios parceiros

Tema é abordado na participação semanal do Programa Municipal de DST e Aids de Campinas no “Globo Cidade” da Rádio “Globo” AM 1390, das 17h às 18h

Entrevistada: Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario – Enfermeira sanitarista coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

Ao contrário do que pode parecer, as profissionais do sexo estão mais vulneráveis a pegar HIV, o vírus que causa a aids, de seus maridos ou namorados, já que a maioria delas relata uso correto e frequente de camisinha quando transam com seus clientes. Essa avaliação preliminar pode quebrar o mito de que as profissionais do sexo passam aids para seus clientes. “Como a maioria das mulheres que pega aids, as profissionais do sexo acabam pegando o HIV quando deixam de usar camisinha com seus maridos ou namorados”, explica a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario, colaboradora do programa “Globo Cidade” da Rádio “Globo” 1390 AM Campinas, com apresentação do âncora Marco Massiarelli, através de parceria firmada entre o programa e a emissora. O “Globo Cidade” vai ao ar de segunda a sexta, mas a conversa sobre aids é somente às quintas-feiras.

A coordenadora do Programa de controle da aids em Campinas, enfermeira sanitarista, Cristina Ilario destaca que: “O que torna as mulheres, e entre elas também as profissionais do sexo vulneráveis à infecção pelo HIV é a falta de percepção de que podem se infectar, a crença de que o casamento ou o amor protegem, a violência nas relações conjugais ou íntimas, a dificuldade de acesso à informação e aos direitos de cidadania. Estamos nos unindo para mudar essa realidade. é para retirar essa afirmação(Foi através de um trabalho intenso que conseguimos, trabalhando em parceria com a sociedade civil organizada reduzir a infecção nas relações das profissionais com seus clientes. Este trabalho não pode jamais ser interrompido”, afirma a sanitarista.)

No entanto ela alerta a sociedade: É mais fácil uma prostituta pegar aids do cliente e não o contrário. “Se uma mulher que vive da prostituição tem um filho ou mais passando fome e o cliente disser que vai pagar mais para ela transar sem camisinha, nestes casos podemos dizer que elas estão entre as pessoas mais vulneráveis à infecção pelo HIV”, esclarece. Na ocasião a coordenadora do Programa de controle da aids em Campinas estará disponível para explicar e dar mais informações sobre a importância e como encontra-se o trabalho de estímulo à prevenção contra a aids com profissionais do sexo.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS