Aumento da longevidade das pessoas que vivem com HIV traz novos desafios como questões de ordem psicossociais

É preciso uma revisão dos objetivos pessoais e profissionais e novas ponderações acerca das expectativas e crenças com relação ao tratamento

Novos desafios estão postos frente às tendências de aumento da longevidade das pessoas que vivem com HIV/aids. Questões de ordem psicossociais como, por exemplo, os vínculos afetivos, a vivência da sexualidade, o desejo da paternidade/maternidade com parceiros com sorologia igual ou diferente, impactam na vida das pessoas e dos serviços de saúde que provêem cuidados a estes usuários.

É preciso uma revisão dos objetivos pessoais e profissionais e novas ponderações acerca das expectativas e crenças com relação ao tratamento. Por outro lado, os transtornos psiquiátricos como depressão, dependência e abuso de álcool, drogas e tabaco, entre outros, são cada vez mais frequentes nessa população. O diagnóstico e o tratamento dos transtornos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. No entanto, a maioria dos casos não é diagnosticada e muitas vezes os sintomas são pouco valorizados.

Este quadro é o tema da participação do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas, como acontece sempre às quintas-feiras, após as 17h30, no bloco “A cidade em debate” do “Globo Cidade” apresentado pelo âncora Marco Massiarelli pela rádio “Globo AM 1390” (www.globocampinas.com.br ). E para falar sobre este assunto o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas coloca à disposição a psicóloga Osmarina Ruiz, do Centro de Referência (CR) do Programa de DST/Aids de Campinas.

O impacto na saúde mental das pessoas que vivem com HIV/aids acontece desde o momento do diagnóstico, alterando com a progressão da doença. O medo da morte, da revelação do diagnóstico, que podem levar à depressão e isolamento, por exemplo, devem ser priorizados, pois debilitam ainda mais o sistema de defesa e tem um resultado muito negativo na adesão ao tratamento, na maioria dos casos.

Essas questões são normalmente tratadas pelas equipes multidisciplinares dos Serviços de Assistência Especializada (SAE) em HIV/aids, quando contam com profissionais de saúde mental. No caso de transtornos mais graves, é recomendado o encaminhamento para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). O Departamento Nacional DST/Aids investiu no treinamento das equipes dos CAPS, para a construção de uma rede de referência e contra-referência com os serviços de HIV/aids de estados e municípios. Além disso, investe também na atenção às pessoas que vivem com HIV/aids que usam álcool e outras drogas, incorporando a estratégia de Redução de Danos nos SAE, como uma das prioridades no cuidado à saúde mental dessas pessoas.

Trabalhando saúde mental nos serviços de saúde

No trabalho com pacientes vivendo com HIV/Aids é preciso incluir a subjetividade como tema, a fim de promover intervenções que considerem a multiplicidade do sofrimento de quem adoece pelo HIV. Deve-se também considerar a noção de vulnerabilidade.


Uma equipe de saúde mental pode ser composta por:

. Assistentes sociais
. Psicólogos
. Psiquiatras

Objetivos das ações de em Saúde Mental e aids:

. Identificar o grau de sofrimento psíquico
. Abordar a relação do sujeito com a doença
. Identificar estratégias de atuação e encaminhamento
. Promover reabilitação psicossocial
. Diminuir do sofrimento psíquico
. Buscar significações psicossociais da doença

O trabalho em saúde mental e aids pode ser desenvolvido com várias populações e com diversos embasamentos, por exemplo:

. Crianças
. Revelação diagnóstica
. Projeto e perspectiva de vida
. Violência: (A) física (B) sexual

Compreensão sobre a adesão:
(A) colaboração da criança (B) envolvimento dos pais

Discriminação: (A) ambiente escolar (B) ambiente familiar

. Suporte social
. Adolescentes
. Impacto do diagnóstico
. Sexualidade
. Efeitos colaterais da medicação (lipodistrofia)
. Inserção no mercado de trabalho
. Relacionamento familiar
. Rede social
. Adesão ao tratamento
. Discriminação
. Vulnerabilidade social e psíquica
. Adultos
. Impacto do diagnóstico
. Perdas (saúde, financeiras, sociais)
. Promoção de renda
. Adesão ao tratamento
. Efeitos colaterais da medicação
. Sexualidade
. Retomada da vida afetiva
. Experiência subjetiva da doença
Comorbidades psiquiátricas

As atividades podem ser desenvolvidas individualmente (aconselhamento, psicoterapia, consultas) ou em atendimentos grupais:

. Grupo de pacientes com lipodistrofia
. Grupo de adesão
. Grupo de arteterapia
. Grupo de gestantes
. Grupo de pacientes com hepatite
. Grupo de sala de espera
. Serviços que não possuem equipe mínima de saúde mental podem contemplar um atendimento que tenha esta questão como embasamento levando em conta:

. Integralidade do paciente (abordagem no sujeito e não só o sintoma)
. Introduzir questões que contemplem aspectos da saúde mental nas consultas
. Ênfase no vínculo
. Participar da construção da rede de referência e contra-referência


Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

Tuberculose: Participação do dia 8 de outubro de 2009

Programa “Globo Cidade”, rádio Globo AM 1390 (www.globocampinas.com.br ), bloco “A cidade em debate”, dia 8 de outubro de 2009:

Marco Massiarelli (âncora) – Cinco horas, quarenta minutos continuamos aqui com o “Globo Cidade” ... Agora nós vamos debater um assunto importante: De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde aproximadamente nove milhões e 270 mil casos novos de tuberculose ocorreram somente no ano de 2007. Desses, cerca de 15%, ou seja, um milhão e 370 mil são casos de co-infecção tuberculose-HIV. O Brasil é o 18º país do mundo em número de casos novos de tuberculose. A Organização Mundial da Saúde estima que em 2007 haviam 92 mil casos novos e que 14% destes casos sejam pessoas vivendo com HIV. Para falar sobre esse assunto nós estamos com a médica do centro municipal de controle, do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, a doutora Luciene Medeiros. Olá doutora Luciene, boa tarde!

Luciene Medeiros, médica do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas: Olá Marco, boa tarde!

Marco: Obrigado pela participação, um abraço a todos do programa municipal de combate às doenças sexualmente transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde. Todas as quintas-feiras nós abrimos espaço para divulgar assuntos relacionados à aids e também a maneira de melhor informar o ouvinte. Doutora, porque que o paciente com HIV ele é mais sujeito à tuberculose?

Luciene: Então, a tuberculose é uma doença oportunista. Um terço das pessoas, isso da população em geral, é infectada, tem o bacilo dentro do organismo e não fica doente. Mas aí quando acontece a queda da imunidade a doença pode surgir. No caso do HIV em que a patologia de base da pessoa é a queda da imunidade então a tuberculose tem grande chance de estar aparecendo.

Marco: Agora vamos falar um pouquinho, doutora, o que é a tuberculose, como que ela se manifesta, quais são os sintomas, para que as pessoas possam entender um pouco mais, porque era uma doença muito comum há anos atrás, não é doutora?

Luciene: A gente vivia uma situação, antes, antes da epidemia de aids de relativo controle da doença. E com a aids a tuberculose voltou a ser uma doença importante no Brasil e no mundo. A tuberculose é uma doença basicamente respiratória, acomete o pulmão em grande parte dos casos e os sintomas são febre, tosse, tosse com catarro, então a gente sempre orienta que quando a pessoa está com tosse há mais de três semanas para procurar uma unidade de saúde que pode ser tuberculose. Febre, tosse, pode ter dor no pulmão, pode ter fraqueza pode ter falta de apetite, sintomas de uma infecção, mas o pulmão e a tosse são bem característicos ...
Marco: Desses sintomas, o paciente com HIV, os sintomas são mais fortes, como que é doutora?

Luciene: Não, não. Às vezes é até mais fraco, Marco, porque como a imunidade do paciente está muito diminuída ele pode até não apresentar um quadro rico de sintomas. E por isso até que, no caso de paciente com HIV, a gente até já começa investigar tuberculose com tosse, com duas semanas de tosse, diferente da população em geral que é com três semanas. Então é um quadro mais silencioso, no caso da pessoa com HIV. Só que a equipe que trabalha com HIV, já sabendo disso, fica atenta a qualquer sintoma.

Marco: Agora como é o tratamento desse paciente aqui em Campinas por vocês do programa municipal de combate às DST?

Luciene: O tratamento é prolongado por seis meses com tomada de medicação. A gente tem um problema que é o dos pacientes que abandonam o tratamento com uma certa freqüência porque a melhora do estado clínico é muito rápida, Marco. E só de a pessoa estar se sentido bem ela fala: ‘Ah, já estou curada” e aí abandona o tratamento. Então a gente fica muito em cima porque tem que ter ... Tem que tratar durante seis meses!

Marco: Seis meses?

Luciene: Seis meses.

Marco: E esse tratamento é com medicação diária, doutora?

Luciene: Diária.

Marco: Que tipo de medicação é ministrada?

Luciene: É um antibiótico que é um antibiótico utilizado só para a tuberculose (nomes dos medicamentos ) e agora o Ministério da Saúde está introduzindo uma quarta droga e com a quarta droga a gente vai melhorar a qualidade do tratamento e vai facilitar a ingestão de medicamento porque vai passar de seis medicamentos por dia para quatro medicamentos por dia. Então nos dois primeiros meses de tratamento (...) são quatro comprimidos diários ... Vão passar a ser com essa nova droga. E os quatro meses da segunda fase são dois comprimidos diários.

Marco: Eu estou até recebendo um material da Denize Assis, da Secretaria de Saúde, que hoje foi feita uma capacitação por técnicos do Ministério da Saúde, Campinas esteve presente, uma nova maneira de se tratar a tuberculose. Esse medicamento é de um laboratório indiano e já é utilizado em outras partes do mundo. Ele deve ser mais eficaz então, não é doutora?

Luciene: Na realidade não muda o tratamento. A gente está introduzindo uma droga que a gente já usava antes, mas para os casos de retratamento, alguém que tivesse tratado mas que voltou a ter doença ou então que tivesse abandonado. Então não é uma droga nova, o que a gente está fazendo é reforçando o esquema anterior, com essa quarta droga, porque eram três medicamentos anteriormente e diminuindo o número de comprimidos, vão ser quatro medicamentos em um comprimido só. Isso para melhorar a adesão. Você imagine a pessoa tomar seis comprimidos? Vai passar para quatro, já está diminuindo um pouco, não é Marco?

Marco: Com certeza, diminui a dosagem e acho que o organismo até reage um pouco melhor. Doutora um paciente está com, aqui em Campinas temos muitos pacientes com HIV com tuberculose ou temos um número que está sendo bem administrado?

Luciene: Campinas segue uma tendência que é a do País e que é a do Estado. A taxa de co-infecção é por volta de 15%. Todos os nossos casos de tuberculose, 15% são HIV positivos.

Marco: Doutora, a tuberculose, além dos problemas que ela traz a pessoa fica sem apetite, fica cansada, o que acontece?

Luciene: Fica. O cansaço, a falta de apetite, uma febrezinha no final da tarde que deixa a pessoa muito acabada. A sudorese noturna também é um sintoma muito frequente. E tem um sintoma que é característico que é o sangramento através do escarro. Quando é um quadro um pouco mais avançado e a infecção atinge vasos sanguíneos no pulmão, pode ter sangramento no escarro.

Marco: Doutora Luciene Medeiros é médica do programa municipal de combate às doenças sexualmente transmissíveis, nós temos um ouvinte na linha que quer fazer uma pergunta. (...) Alô, é Pedro?

Pedro: Sim.

Marco: Boa tarde, obrigado pela audiência Pedro.

Pedro: Boa tarde, eu estou aqui no Centro e sempre estou ouvindo vocês.

Marco: Muito obrigado e qual a sua pergunta para a doutora?

Pedro: Qual a reação que esse medicamento para a tuberculose dá porque uma pessoa na família tomou e deu muita náusea, muita tontura, e isso aconteceu além dos seis meses de tratamento. Isso é normal?

Marco: Doutora ...

Luciene: Oi. Olha só Pedro: Não é normal! Existe sim com uma certa freqüência, existe um quadro de intolerância gástrica, que pode ser dor de estomago, enjôo, isso que você falou, náusea, que passa. A gente costuma prescrever medicação (...) junto com o antibiótico e costuma passar no primeiro mês de tratamento e se for mesmo da medicação de tuberculose deve ter sido uma reação individual da pessoa que a gente pode dizer, entre aspas, uma certa alergia, mas isso é muito raro de acontecer, não costuma acontecer normalmente, não.

Marco: Tá respondido, Pedro?

Pedro: Tá respondido, sim. O médico que atendeu essa pessoa da família disse que era normal ... A pessoa tinha uma certa idade, por volta de ... acima de 60 anos ... e ele disse que era normal essa tontura que dava e a pessoa até não conseguia caminhar na rua sozinha ... tinha sempre que ser acompanhada e o médico explicou que era devido ao medicamento ...

Luciene: Então, o que pode acontecer em pacientes idosos é que tudo fica um pouqhinho mais complicado então, se o rim da pessoa não funciona direito, aí a quantidade de medicamento circulando no sangue passa a ser maior, mas aí o médico tem mesmo é que ir monitorando cada caso para ver o que que eventualmente está acontecendo com a pessoa.

Marco: Obrigado Pedro pela sua participação. Participe sempre aqui do nosso programa, viu?

Pedro: Obrigado Marco.

Marco: Um abraço Pedro e a todos os moradores aqui do centro de Campinas ... É a prestação de serviço ... Doutora, só para a gente encerrar, porque que a pessoa que tem tuberculose é orientada a tratar em cidades como altitude, como por exemplo Campos do Jordão, há muitos anos atrás isso era muito comum, não era?

Luciene: Era. O que acontece é o seguinte: Como o bacilo se instala no pulmão, nas cidades altas você tem o ar mais limpo, a situação é mais adequada. A pessoa, nestas cidades, acabava tendo uma situação de vida mais adequada. E aí não é só a questão do ar e da altitude, mas acabava comendo melhor, tendo uma vida mais tranqüila, então um conjunto de questões, então na verdade não era só o ar, mas o conjunto das condições. Com os antibióticos isso mudou bastante. Antes não tinha cura, então as pessoas iam lá para ver o que que ia acontecer ... Era assim: ‘Vamos melhorar a vida da pessoa em todos os aspectos para ver o que que acontece. Mas é muito importante que fique claro para as pessoas que a tuberculose é uma doença que tem cura, no caso do HIV ela é a principal causa de morte entre pessoas que tem HIV. Então é muito importante que as pessoas que têm tuberculose estarem procurando fazer o teste de HIV para saber se não têm uma co-infecção aí e se for o caso fazer o diagnóstico precoce do HIV porque às vezes a pessoa que tem o HIV fica doente da tuberculose.

Marco: Ela pode então ter a tuberculose e ela não sabe que tem o HIV?

Luciene: É, exato.

Marco: Ah, esse então é o alerta ...

Luciene: A pessoa com aids pode ter a tuberculose.

Marco: E às vezes a pessoa não sabe?

Luciene: Não sabe.

Marco: E esse atendimento é de graça na rede pública, não é doutora?

Luciene: Sim, sim! E essa medicação é protegida. Não tem em farmácia, não pode ser dada em farmácia, e não tem em hospitais de forma livre para outras doenças ... É um antibiótico que poderia ser usado para outras doenças, só que a gente guarda esse antibiótico para tuberculose que é para a gente não ter problemas de resistência e aí é distribuído gratuitamente em qualquer serviço de saúde do país.


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Tratamento disponível no SUS permite que pessoas com HIV/aids tenham vida de qualidade

Assistência às pessoas que vivem com HIV/aids é o tema desta semana no programa “Globo Cidade”, da rádio Globo AM 1390, das 17h às 18h

Entrevistada: Cláudia Barros Bernardi – Médica infectologista do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

A aids é uma doença que ainda não tem cura, mas tem tratamento. Tomando os remédios corretamente as pessoas que vivem com HIV/aids podem ter uma vida de boa qualidade. Os medicamentos chamam-se antirretrovirais, ou coquetel, e são importantes para evitar que a doença avance, protegendo você de problemas mais graves de saúde. O tratamento às pessoas que vivem com HIV/aids é o tema desta semana do programa “Globo Cidade”, da rádio “Globo AM 1390”, nesta quinta-feira, dia 27 de agosto de 2009 com participação ao vivo do Programa DST/Aids de Campinas. O “Globo Cidade” vai ao ar diariamente, mas a participação do Programa DST/Aids ocorre todas as quintas-feiras, das 17h às 18h no programa que tem apresentação do âncora Marco Massiarelli.

Os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo. Com isso, as defesas da pessoa melhoram, ela fica mais forte, com menos riscos de desenvolver doenças. O tratamento é um compromisso diário. Se o tratamento for recomendado pela médica e a pessoa não começá-lo, o HIV (vírus da aids) se multiplica no organismo e enfraquece a imunidade (que é a defesa do corpo), abrindo caminho para desenvolver doenças oportunistas que podem se tornar mais graves.

Doença oportunista é aquela que se aproveita de um organismo debilitado (com baixa imunidade) para se desenvolver, como herpes, toxoplasmose e a tuberculose. Por isso cada tratamento tem uma forma de ser seguido. Alguns remédios devem ser tomados com o estômago cheio, e outros com o estômago vazio. O importante é seguir a orientação da equipe de saúde que acompanha a pessoa que vive com HIV/aids e que realiza tratamento no SUS.

“É muito importante que as pessoas em tratamento não se esqueçam de tomar nas horas e nas doses corretas os medicamentos que foram prescritos”, destaca a médica infectologista Cláudia Barros Bernardi, da Coordenação do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas.

Vida normal

A pessoa que vive com HIV/aids pode ter uma vida normal e namorar, trabalhar e conviver com seus amigos e familiares. A camisinha protege a pessoa que vive com HIV/aids e seu parceiro ou parceira do vírus da aids. Ela evita um novo contato com o HIV (que poderia aumentar a quantidade de vírus em seu organismo). Além disso, usando o preservativo as pessoas que vivem com HIV/aids evitam outras doenças sexualmente transmissíveis, as DST.

Campinas tem dois serviços especializados na realização do teste de HIV. Um deles inclusive, realiza os exames em cerca de quinze minutos. Entretanto, todos os Centros de Saúde devem realizar o exame de forma sigilosa e gratuita, embora com prazo maior para entrega dos resultados à população. Nos Centros de Saúde a entrega dos testes de HIV é realizada em torno de uma semana a dez dias após a realização da coleta de exames. A única unidade pública de saúde de Campinas que realiza o teste com diagnóstico rápido é o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Ouro Verde, junto ao Complexo de Saúde Ouro Verde.

Teste gratuito e sigiloso

O outro serviço especializado, o CTA do Centro, conhecido popularmente como “Coas”, também é direcionado à realização do teste de aids, mas a entrega do resultado também é realizada entre, em média, uma semana a dez dias após a coleta de material para os exames. E se a pessoa quiser o teste pode ser anônimo. O “Coas” CTA funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O endereço é Rua Regente Feijó, número 637, no Centro. O telefone do “Coas” CTA é (19) 3236 – 3711.

Já o CTA Ouro Verde realiza o teste da aids com diagnóstico rápido. O resultado dos exames fica pronto em média quinze minutos após a coleta de material para o teste. O resultado é entregue apenas à pessoa que fez o teste e ninguém mais fica sabendo o resultado, de acordo com o Programa Municipal de DSTs e Aids de Campinas. O CTA Ouro Verde atende de graça e com descrição. No CTA Ouro Verde também o teste de HIV pode ser anônimo. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 19h.

No CTA Ouro Verde, localizado no Hospital Ouro Verde e com facilitação para acesso através do terminal de ônibus do Ouro Verde. O endereço é avenida Rui Rodrigues, 3434. O CTA Ouro Verde funciona das 7h às 19h. E o telefone do CTA Ouro Verde é 3226 – 7475. O atendimento é discreto, de graça e se a pessoa quiser pode ser anônimo.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS

Após protestos, Prefeitura promete liberar verba para prevenção e tratamento da aids em Campinas

Manifestação realizada na tarde de quarta-feira contou com mais de 80 participantes, entre pessoas que vivem com HIV/aids e ativistas da sociedade civil organizada

Entrevistada: Enfermeira sanitarista Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

Nesta sexta-feira, 14 de agosto de 2009, deve ser regularizado o repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para as três casas de apoio que dão retaguarda social às pessoas que vivem com HIV/aids no município de Campinas e que são atendidas por meio do Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) de Campinas. Até a próxima quarta-feira, 19 de agosto de 2009, também deverá ser regularizado o convênio de parceria técnica com a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+) para execução do Plano de Ação e Metas (PAM) para controle da epidemia de aids e outras DSTs no município.

A informação é da coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, MNaria Cristina Feijó Januzzi Ilario, enfermeira sanitarista que acompanhou manifestação que reuniu pelo menos 80 pessoas na tarde de ontem, em frente à Prefeitura de Campinas. Na maioria pessoas que vivem com HIV/aids e ativistas de organizações da sociedade civil, os manifestantes reivindicaram a regularização dos repasses - que incluem recursos do Ministério da Saúde - da Prefeitura para que o Programa DST/Aids possa operar em condições de normalidade, conforme seu Plano de Ação e Metas aprovado pelo Conselho Municipal da Saúde (instância máxima deliberativa do SUS local) no final de 2008.

O convênio foi firmado em 2008 e prevê investimento de R$ 5 milhões anuais, pagos em parcelas mensais com recursos municipais e federais. A parceria técnica aprovada em colegiado de gestores, técnicos e usuários do SUS, aprovado pelo Conselho de Saúde e programas Estadual e Nacional de DST/Aids, prevê realização de ações para prevenção às DSTs e ao HIV aids e oferta assistência às pessoas que vivem com HIV/aids. Além do problema envolvendo o convênio relativo à execussão do Plano de Ação e Metas, os manifestantes reclamaram que os repasses às casas de apoio Grupo da Amizade, Grupo Vida e Morada Amor e Luz estão atrasados. A data de pagamento era o dia 7 de agosto.

Até ontem, quarta-feira (12/8) os valores de R$ 30 mil a R$ 60 mil, não haviam sido efeituados segundo os responsáveis pelas casas de apoio.

A enfermeira sanitarista Cristina Ilario, coordenadora do Programa Municipal DST/Aids, explica que a entidade está correta. 'Para o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas o convênio deve ser assinado, pois caso não seja haverá prejuízos no atendimento às pessoas que vivem com HIV/aids", disse. Recebidos pelos secretários da Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, e de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, além de outros técnicos das áreas, os representantes das pessoas que vivem com HIV/aids receberam garantias de cumprimento das promessas feitas aos manifestantes.

Segundo a representante legal da RNP+ de Campinas, Solange Moraes, os secretários se comprometeram com a celebração do convênio com a RNP na próxima quarta-feira (19/8) e regularização dos repasses às casas de apoio até amanhã, sexta-feira (14/8).
Pessoas que vivem com HIV/aids e residem nas casas de apoio deitaram-se em colchões, diante do Palácio dos Jequitibás (sede da Prefeitura, no bairro nobre Cambuí, região central da cidade) durante o protesto. Segundo os representantes de três instituições que acolhem 130 portadores do HIV, o convênio com o município venceu em junho e até hoje não foi renovado.

Este mês, nenhuma das três casas de apoio recebeu o dinheiro, que representa metade do caixa das ONGs. De acordo com a representante da RNP+, Solange Moraes, as atividades de prevenção e assistência estão paradas. Procurada pela reportagem, a coordenadora do PM, Maria Cristina Ilario informou que o problema foi porque o departamento jurídico da Secretaria Municipal de Saúde entendeu o mesmo como irregular.

“O que questiono é se a renovação do convênio é irregular, então o que fizemos nos anos anteriores também foi?”, perguntou Cristina Ilario em entrevista à Imprensa de Campinas. Segundo ela, pelo menos 10 projetos estão parados na cidade. A renovação deveria ter acontecido em junho. “Sempre entendemos que é necessário parceria com a sociedade civil, para trabalhos como a educação entre pares, por exemplo. Ninguém melhor do que uma profissional do sexo para trabalhar as questões de prevenção com suas colegas de mesma profissão. Não tem sentido outra pessoa, por isso que os convênios são importantes”, disse.

Os convênios são celebrados com recursos do Plano de Ação e Metas do Programa Municipal de DSTs e Aids, um processo de trabalho pelo qual gestores, técnicos e outros profissionais do SUS reúnen-se anualmente para traçar as diretrizes de atuação desta área da Secretaria da Saúde. “Eles são importantes para a visibilidade civil, a sociedade consegue saber onde o dinheiro é empregado e isso sempre foi motivo de orgulho para nós”, lamentou.

“Não vamos sair daqui enquanto não for dada uma solução para o caso”, disse a ativista da RNP+, Solange Moraes, antes de ser realizada a reunião com integrantes do núcleo de governo da Prefeitura de Campinas. Cristina Ilario, enfermeira sanitarista que coordena o Programa de Aids disse que os secretários foram “sensíveis” às reivindicações e que acredita no cumprimento das promessas feitas às pessoas que vivem com HIV/aids.

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PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS

Campinas apóia campanha “Muito prazer, sexo sem DST” de incentivo para os homens usarem camisinha

Estímulo à utilização do preservativo em todas as relações sexuais está presente em campanhas permanentes e ações pontuais de educação em saúde

Entrevistada: Cláudia Tadia Lourenço – Média infectologista do Centro de Referência do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas

O Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) apóia a campanha “Muito prazer, sexo sem DST”, lançada esta semana pelo Ministério da Saúde. Junto à campanha foi divulgado resultado de pesquisa que indica que cerca de 10 milhões de brasileiros, na maioria homens, já teve ou tem alguma doença sexualmente transmissível. O Programa de Aids de Campinas avalia que a pesquisa demonstra a necessidade de estímulo ao uso do preservativo já que, ao contrair uma DST que pode ser tratada e curada, a população que não usa camisinha também pode pegar o HIV, que causa a aids e não tem cura, mas tem tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Este trabalho do Ministério da Saúde, realizado em âmbito nacional, está relacionado às ações como as que nós realizamos, por exemplo, com o Ambulatório da Ceasa, que tem público com grande presença masculina e que faz parte de uma estratégia que é a descentralização de ações junto à Rede SUS Campinas”, explica a enfermeira sanitarista Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario, coordenadora do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids de Campinas (PMDST/Aids). Além de explicar como é realizada a abordagem das doenças sexualmente transmissíveis em Campinas, a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids explica a situação epidemiológica do município, que reduziu os casos de aids simultaneamente ao aumento da oferta de camisinhas na rede pública local.

A campanha sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde é voltada para população em geral com foco no público masculino. Reconhecendo a dificuldade da população em identificar os sinais e sintomas das DST, de falar sobre sexualidade com seus parceiros e de procurar tratamento no serviço de saúde, a campanha tem três focos: reconhecer, tratar e alertar. A estratégia inicial de comunicação foca principalmente a população masculina, heterossexual ou não. Esse público freqüenta menos o serviço de saúde e acaba recorrendo à farmácia para o tratamento. Com o slogan “Muito prazer, sexo sem DST” a campanha remete ao imaginário do prazer e mostra ao público que, sem a doença e seus incômodos, o sexo pode ser muito melhor. Como elemento principal da logomarca tem-se uma pimenta, “esquentando” a mensagem.

A principal peça da campanha é o jingle. Uma música foi criada a partir do tema da campanha e gravada por importantes nomes da música sertaneja, como Chitãozinho e Xororó, Daniel, Gino e Geno, que aderiram à campanha emprestando suas vozes e participando da gravação de um clipe. Tanto a música, quanto o clipe e os jingles de 30 e 60 segundos podem ser reproduzidos em rádios irrestritamente. Um quantitativo de outras peças da campanha como cartaz, folhetos, adesivos para banheiro, pequenos cartões de visita, cartões postais serão encaminhados para as Coordenações Estaduais de DST/Aids logo após o Lançamento e ação em Barretos

DST atinge 10,3 milhões de brasileiros

Cerca de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de doenças sexualmente transmissíveis – 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. O mais grave é que 18% deles e 11,4% delas não procuraram nenhum tipo de tratamento. Os problemas causados pelas DST podem aumentar em 18 vezes o risco de infecção pelo HIV, que é uma doença ainda sem cura. Os dados inéditos fazem parte da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade (PCAP – DST, 2008).

Preocupado com essa realidade, o Ministério da Saúde lança a campanha “Muita prazer, sexo sem DST”, voltada principalmente para homens. O objetivo é que a população reconheça os sinais e sintomas, procure tratamento e alerte o parceiro ou parceira sobre os riscos dessas doenças. Um jingle - gravado por 12 cantores sertanejos, entre eles Daniel e a dupla Chitãozinho e Xororó - funciona como carro-chefe. A música será veiculada em rádios de todo o país.

Também serão distribuídos 1 milhão de folderes, 600 mil adesivos para banheiros, 180 mil cartazes e 60 mil cartões-postais. Uma das novidades da campanha é o hotsite www.aids.gov.br/muitoprazer, que traz informações gerais sobre prevenção e tratamento das DST. Além disso, o internauta pode utilizar cartões virtuais para contar ao parceiro a descoberta da infecção por alguma DST, sem necessidade de se identificar. “Em geral, as pessoas têm muita dificuldade de contar que estão infectadas. As novas tecnologias de comunicação ajudam a enfrentar essas doenças de forma direta e com o mínimo possível de exposição”, acredita Mariângela Simão, diretora do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde.

Automedicação – O levantamento do Ministério da Saúde traz outro dado preocupante: a automedicação. O mau hábito predomina entre os homens. Enquanto 99% das mulheres que procuram tratamento recorrem primeiro a um médico, 1/4 dos homens busca solução no balcão da farmácia. Entre eles, quanto menor a escolaridade, maior é o percentual de quem recorre à prática não recomendada. “As mulheres estão dando um exemplo positivo. A nossa expectativa é que os homens procurem os médicos tanto quanto elas”, diz a diretora.

Em termos regionais, o Norte apresenta o maior percentual (24,6%) de homens que relataram ter tido pelo menos uma DST. Nas outras regiões, esse índice não ultrapassa os 20%. Entre as mulheres, não há diferenças significativas – varia de 11,2% no Sul a 7% no Nordeste. Em relação a raça/cor, o total de homens negros que relataram sinal ou sintoma de DST é maior do que entre os brancos – 19% e 13,8%, respectivamente.

Uma constatação da pesquisa é que os pacientes com indícios de DST nem sempre recebem as orientações adequadas. Apenas 30% dos homens e 31,7% das mulheres tiveram a recomendação de fazer o teste de HIV. A solicitação de exame de sífilis é ainda menor: 24,3% e 22,5%, respectivamente. Cerca de 40% também não são informados sobre a necessidade de usar preservativo e comunicar aos parceiros. “Nesse sentido, a pesquisa nos mostra que os profissionais de saúde devem estar mais atentos na hora de dar orientações durante a consulta”, defende Mariângela.

O tratamento para as DST é simples e está disponível para toda a população no Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte delas tem cura, com exceção do herpes e do HPV. Fatores associados às DST – O modelo estatístico criado para analisar as informações da pesquisa, permite observar alguns fatores de risco relacionados às doenças sexualmente transmissíveis:

- Homens têm 31,2% mais chance de ter algum sinal ou sintoma de DST alguma vez na vida do que mulheres.
- Relação sexual com parceiro do mesmo sexo mais do que dobra a probabilidade de ter algum sinal relacionado à DST, na vida.
- Indivíduos que já tiveram mais de 10 parceiros na vida têm chance 65% maior de ter um antecedente relacionado à DST.

Metodologia – A Pesquisa sobre Conhecimento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos foi realizada por técnicos do Ibope em todas as regiões do país, em novembro de 2008, com 8 mil entrevistados. A amostragem foi estratificada por macrorregião geográfica (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e situação urbano/rural. A análise dos dados foi feita pela equipe técnica do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, com o apoio do Centro de Informação Científica e Tecnológica (LIS/CICT) da Fundação Oswaldo Cruz.

Epidemia da aids está em declínio no município de Campinas

Dados analisados pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) nos últimos anos mostram queda em notificações de novos casos
A epidemia da aids em Campinas apresenta um total acumulado de 5.468 casos notificados. Deste total, 5.327 são em adultos e 141 casos em crianças (menores do que 13 anos), notificados desde 1982 até o final de 2008. Os dados avaliados dizem respeito aos casos de aids notificados, de residentes em Campinas, desde o início da década de 80 a 12 de novembro de 2008. Os dados são preliminares e, apesar de estarem os últimos cinco anos ainda sujeitos à revisão, indicam confirmação de tendência da epidemia. Os dados são analisados pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) se referem ao número de pessoas com critérios para notificação por aids, e não se refere àquelas que são portadoras assintomáticas do HIV.


A tendência de declínio dos índices da epidemia verificada nas análises do Ministério da Saúde a partir dos últimos oito anos apresenta-se de forma diferente no município de Campinas, com a análise de franco declínio a partir do ano de 2000. Este é o tema da participação do serviço de controle da aids em Campinas no programa “Globo Cidade” da Rádio Globo 1390 AM Campinas, com apresentação do âncora Marco Massiarelli, através de parceria firmada entre o serviço e a emissora. O Globo Cidade vai ao ar de segunda a sexta, mas a conversa sobre aids é somente às quintas-feiras.

A diminuição da velocidade de crescimento da epidemia, se dá às custas de intensivos trabalhos e abordagens de prevenção junto a populações mais vulneráveis realizados ao longo dos anos 90 e com impacto perceptível a partir do ano de 2000, justamente no perfil de vulnerabilidade populacional objeto da priorização das ações, que foi o trabalho junto a HSH (homens que fazem sexo com homens) e UDIs (usuários de drogas injetáveis), com intensificação e investimento nas tecnologias laboratoriais e controle de qualidade dos Bancos de Sangue em todo o País.

O declínio da velocidade de crescimento hoje observada é decorrente de ações realizadas ao longo de dez anos sobre um perfil de vulnerabilidade populacional distinto da concentração da prevalência da aids atualmente. De acordo com a Coordenação Municipal de DST/Aids de Campinas, é importante ressaltar que entre homens e mulheres heterossexuais, independente da faixa etária, a epidemia está em crescimento.

A epidemia da aids em Campinas mostra o seguinte quadro de novos casos diagnosticados nos últimos cinco anos:

Total de casos notificados por ano, somadas todas as faixas etárias:
334 em 2003,
298 em 2004,
283 em 2005,
257 em 2006,
218 em 2007 e 117 casos no ano de 2008, dados preliminares.
ANO 2007

Total de 218 casos notificados, sendo 214 adultos e 4 menores que 13 anos.

No período, a razão de sexo foi de 2/1, sendo 140 homens e 78 mulheres.
Três faixas etárias concentram o número de casos, entre homens e mulheres: Os índices de incidência (número de casos/pop de 100 mil habitantes) foram respectivamente de 54.4 casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 30 a 39 anos, onde se concentram em maior proporção as mulheres; de 33,9 casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 40-49 anos onde se concentram em maior proporção os homens; e, de 19,7casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 50 ou mais anos.

ANO 2008

Total de 117 casos notificados até data de 12/11/08, sendo 115 adultos e 2 menores que 13 anos. Mantida a razão de sexo em 2/1, sendo 83 homens e 34 mulheres no total. Os índices de incidência (número de casos/pop de 100 mil habitantes) também se apresentam maiores na faixa etária de 30-39 anos (29), seguidos de 40-49 anos (15,9) e 11,1 entre os com 50 anos ou mais.

Total de Casos Acumulados, 1982-2008*.

Análise por Faixa Etária

O predomínio da concentração dos casos notificados a partir de 1982, persiste na faixa etária de 30-39 anos, no entanto vale observar que se analisada separadamente a primeira década da epidemia, 80/90, a maior incidência se encontra nas faixas etárias mais jovens, entre 20-29 anos, com predomínio majoritário de casos entre homens.

A incidência nas faixas etárias de 13-19 anos no município de Campinas, vem diminuindo consistentemente ao longo dos anos, e caracteriza importante diferença do perfil da epidemia apresentado nesse município quando comparado à análise do perfil da epidemia na média nacional; lá, de acordo com o PNDST/Aids do Ministério da Saúde, existe aumento do número de casos entre 13-19 anos, em especial entre mulheres.

Embora o volume de casos nas faixas de 50-59 anos e 60 anos ou mais seja relativamente pequeno se comparado às outras faixas etárias, é importante observar que, a partir do ano de 2000, a velocidade de crescimento da incidência (n° de casos a cada 100.000 habitantes) nessas faixas etárias chega a 5 vezes maior, ou seja, ela cresce cinco vezes mais rápido, quando comparada às outras faixas.

Para entendermos o raciocínio e a importância dessa informação, é necessário o seguinte exercício: Se, o número de casos acumulados entre 1980 e 1999, nas faixas etárias de 50-59 anos e 60 anos ou mais, foi um total de 142; ou seja, num período de aproximadamente 20 anos de epidemia, o número total de casos de aids incidente na terceira idade foi de 142, vemos que ao analisarmos o período compreendido entre os anos de 2000 e 2008*, o número total de casos de aids notificados na terceira idade foi de 236; portanto, num período menor que 10 anos (2000 a 2008), o número de casos foi praticamente três vezes maior!

* Dados parciais até novembro/08, sujeitos à revisão.

Análise por Categoria de Exposição e Sexo

Entre os casos acumulados de aids em adultos, 62,1% ocorreram na categoria de transmissão sexual; a categoria de transmissão sanguínea foi, no mesmo período, responsável pela notificação de 37,9% dos casos. No entanto, o perfil da epidemia, sofreu contínua e distintas transformações ao longo dos 28 anos compreendidos entre 1980 e 2008, quanto à forma de transmissão do vírus HIV e, conseqüente adoecimento por aids.

Na primeira década, 80 a 90, a quase totalidade dos casos de aids notificados, ocorreu entre homens, através da categoria de transmissão Sexual entre Homossexuais sendo, no mesmo período, a categoria de exposição Sanguínea entre Usuários de Drogas Injetáveis e Transfundidos a segunda causa da aids.

Na primeira metade da década de 90, 1990 a 1995, houve inversão do quadro acima e, por aproximadamente cinco anos, observou-se a diminuição consistente do número de casos entre Homens que Fazem Sexo com Homens – HSH – e o aumento importante entre Usuários de Drogas Injetáveis – UDI – que consistiu na primeira causa de aids no município de Campinas no período.

Os casos de transmissão Sanguínea por Transfusões de Sangue e Hemoderivados vêm em contínua queda até os dias de hoje, a partir do investimento maciço do controle de qualidade e inovação tecnológica nos Bancos de Sangue do Brasil.

Na segunda metade da década de 90, até meados de 2000, a epidemia caracterizou um perfil de declínio consistente dos casos de aids entre UDI e entre HSH, mantendo a diminuição da velocidade de crescimento e a concentração dos casos nas faixas etárias do adulto jovem, 30 a 49 anos. Neste período, a razão de sexo era de 3/1, respectivamente para homens e mulheres, embora para as últimas a faixa etária de maior incidência fosse 5 a 10 anos mais jovem, se concentrando na faixa de 20 a 29 anos.

A epidemia da aids na atualidade

A partir de 2000 a epidemia da aids em Campinas caracteriza, sem sombra de dúvidas, o perfil de queda consistente do número de casos totais ano a ano, e:

1. Concentração do número de casos de aids notificados na categoria de transmissão Sexual entre Homens e Mulheres Heterossexuais, majoritariamente nas faixas etárias de 30 a 49 anos, sendo essa categoria de transmissão a primeira causa da aids.

2. Diminuição da razão de sexo, Homens e Mulheres, de 3/1 para 2/1, se considerados o total de casos notificados no período e, tendência de inversão da razão de sexo, Mulheres e Homens, de
2/1 quando analisamos somente a primeira causa da aids em Campinas, que é a Transmissão Sexual entre Heterossexuais; ou seja, é possível que nos próximos anos existam duas mulheres heterossexuais notificadas por aids para cada homem heterossexual notificado por aids, nas faixas etárias de 30 a 49 anos.

3. Aumento da velocidade de crescimento da epidemia na terceira idade, entre heterossexuais, em especial entre as mulheres compreendidas nas faixas etárias entre 50-59 anos e 60 anos ou mais; a velocidade de crescimento da epidemia na terceira idade é até 5 vezes maior em relação as demais faixas etárias.

4. Recrudescimento da epidemia entre HSH, especificamente nas faixas etárias mais jovens, entre 20 e 30 anos.

Análise da Escolaridade

O perfil de escolaridade apresenta-se semelhante aos dados apresentados na análise do Programa Estadual de DST/Aids informados recentemente. A maioria dos casos notificados, apresenta 8 anos e mais de estudo formal (26,3%). Em 2007, 6,6% dos casos apresentavam pelo menos 1 a 3 anos de estudo e 44,9% mais de 8 anos. A mesma análise é válida quando se observa, o mesmo quesito, por sexo.

Análise do Quesito Raça/Cor

Dos dados disponíveis, que obtiveram qualificação do registro ao introduzir a informação auto-referida somente em meados de 2006, observa-se à maioria dos casos uma concentração na raça/cor Branca (24,8%), seguidos da raça/cor Parda (6,8%) e, com menor concentração na raça/cor Preta (4,5%). Não se observa diferença significativa destas proporções ao analisar os mesmos quesitos entre os sexos ou faixas etárias.

Campinas tem dois serviços especializados na realização do teste de HIV. Um deles inclusive, realiza os exames em cerca de quinze minutos. Entretanto, todos os Centros de Saúde devem realizar o exame de forma sigilosa e gratuita, embora com prazo maior para entrega dos resultados à população. Nos Centros de Saúde a entrega dos testes de HIV é realizada em torno de uma semana a dez dias após a realização da coleta de exames. A única unidade pública de saúde de Campinas que realiza o teste com diagnóstico rápido é o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Ouro Verde, junto ao Complexo de Saúde Ouro Verde.

O outro serviço especializado, o CTA do Centro, conhecido popularmente como “Coas”, também é direcionado à realização do teste de aids, mas a entrega do resultado também é realizada entre, em média, uma semana a dez dias após a coleta de material para os exames. E se a pessoa quiser o teste pode ser anônimo. O “Coas” CTA funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O endereço é Rua Regente Feijó, número 637, no Centro. O telefone do “Coas” CTA é (19) 3236 – 3711.

Já o CTA Ouro Verde realiza o teste da aids com diagnóstico rápido. O resultado dos exames fica pronto em média quinze minutos após a coleta de material para o teste. O resultado é entregue apenas à pessoa que fez o teste e ninguém mais fica sabendo o resultado, de acordo com o Programa Municipal de DSTs e Aids de Campinas. O CTA Ouro Verde atende de graça e com descrição. No CTA Ouro Verde também o teste de HIV pode ser anônimo. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 19h.

No CTA Ouro Verde, localizado no Hospital Ouro Verde e com facilitação para acesso através do terminal de ônibus do Ouro Verde. O endereço é avenida Rui Rodrigues, 3434. O CTA Ouro Verde funciona das 7h às 19h. E o telefone do CTA Ouro Verde é 3226 – 7475. O atendimento é discreto, de graça e se a pessoa quiser pode ser anônimo.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS CAMPINAS

Programa DST/Aids de Campinas oferece resposta às lipodistrofias para pessoas em tratamento

Grupo de Caminhada está entre ações que deram origem, por exemplo, ao “Espaço CR – Qualidade de Vida”; objetivo dos técnicos e gestores da Secretaria de Saúde de Campinas é evitar a volta da “cara da aids”

Entrevistado: Nacle Nabak Purcino – Nutricionista do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

Aproximadamente 165 mil pessoas vivendo com HIV ou com aids utilizam terapia antirretroviral no Brasil, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. A terapia antirretroviral possibilitou melhora na qualidade e na expectativa de vida, por meio da redução das infecções oportunistas, da viremia e da reconstituição das defesas imunológicas. A partir de 1998 uma série de alterações anatômicas e metabólicas passaram a ser descritas nas pessoas vivendo com HIV aids, particularmente naqueles em uso terapia antirretroviral combinada "pesada" (chamada “HAART”, conforme sua sigla em inglês). Estas alterações foram descritas de maneira genérica como lipodistrofia e/ou síndrome lipodistrófica.

Mesmo reconhecendo o aumento da sobrevida e melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV ou com aids em uso de antirretrovirais, as alterações causadas pela lipodistrofia, podem levar pessoas que vivem com aids a ter aspecto de envelhecimento precoce, deformações em face e outros locais do organismo , causando impacto direto na qualidade de vida. Repercussões psicológicas e afetivas relacionadas ao fator estético e a autoimagem, podem trazer de volta o estigma da "cara da aids" causando potenciais prejuízos a adesão ao tratamento e consequentemente recrudescendo o agravamento da doença e óbito.

O Ministério da Saúde do Brasil assinou a Portaria 2.582/GM, que possibilitou a inclusão de cirurgias reparadoras para pacientes portadores de Aids e usuários de antirretrovirais no Sistema Único de Saúde, possibilitando o acesso gratuito das pessoas que vivem com HIV/aids a: correção cirúrgica de giba; lipoaspiração de parede abdominal, redução mamária, tratamento da ginecomastia, lipoenxertia de glúteo, reconstrução glútea, preenchimento facial com tecido gorduroso em paciente com lipoatrofia de face e preenchimento facial em paciente com lipoatrofia de face.

As dificuldades encontradas no nível local para implantação da legislação foram minimizadas, a partir do estabelecimento de um trabalho em parceria entre o Governo Federal, Governos Estaduais, Municipais e Sociedade Civil Organizada.

A aproximação da Sociedade Civil, principalmente Redes de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, e dos gestores públicos facilita a consecução das ações de assistência a lipodistrofia no nível local, que possibilitam o estabelecimento uma rede capaz de atender a legislação, de acordo com texto assinado por Regina Maria Tellini, em trabalho apresentado por meio do então Programa Nacional de DST/Aids, à ocasião do 6º Congresso Brasileiro das DST/Aids, realizado entre 4 e 7 de novembro de 2006 em Belo Horizonte, Minas Gerais. (Confira em A Política Brasileira para o Tratamento das Lipodistrofias em PVHA).

Aula

Uma aula sobre lipodistrofia direcionada aos funcionários do Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas foi realizada dia 8 de agosto de 2009 e ministrada pelo palestrante Heverton Zambrini, médico e coordenador da Enfermaria de Infectologia do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis e médico assistente da disciplina de Infectologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (USP).

O evento foi realizado no Espaço Academia CR, para os funcionários do Centro de Referência do Programa de DSTs e Aids de Campinas e outros profissionais da rede SUS Campinas.

Resposta de Campinas às lipodistrofias

Em Campinas, terapias complementares ao tratamento com antirretrovirais são realizadas pelo Centro de Referência do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, através de atividades e projetos de "Prevenção Posithiva", como o premiado "Grupo de Caminhada - Atlética CR", reconhecido como um dos mais importantes trabalhos realizados para a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids e que deu origem à atual "Academia" ou "Espaço CR", onde, através de exercícios físicos articulados às orientações nutricionais, clínicas e multiprofissionais, Campinas contribui com mais essa resposta a prevenção e tratamento as lipodistrofias.

Anteriormente às atividades da "Academia - Espaço CR - Qualidade de Vida", o Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas ganhou em 2007 o prêmio nacional "Saúde Brasil", com o Grupo de Caminhada. A premiação ocorreu na terça-feira, dia 27 de novembro, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. O projeto foi selecionado entre mais de 90 participantes de todo o País.

Com isso, o Centro de Referência do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas, por meio do "Grupo de Caminhada - Atlética CR", realizado desde 2005, conquistou o "Prêmio Aids de Responsabilidade Social Saúde Brasil", realizado à época em sua quarta edição. A premiação é reconhecida pelos programas nacional (Ministério da Saúde) e estadual (Secretaria de Estado da Saúde) de DST/Aids e pelo Institui Ethos de empresas e responsabilidade social.

Reconhecimento ao grupo terapêutico

O concurso, que teve como objetivo incentivar ações em benefício das pessoas que vivem com HIV/aids e seus familiares, é realizado anualmente pela organização Águilla Saúde Brasil, que desenvolve ações educativas na área de saúde. O Prêmio, que já teve a sua quinta edição realizada em 2008, contou, àquele ano, com pelo menos 90 trabalhos inscritos.

A idéia de um grupo que realizasse atividades físicas surgiu no ano de 2005, através da sugestão de um usuário do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas durante suas sessões de psicoterapia.

Após a discussão da idéia inicial pela equipe técnica, foi proposta a criação do Grupo de Caminhada que se transformou em um projeto do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids, com objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover adesão ao tratamento. Com o aumento dos participantes as possibilidades começaram ser ampliadas. E novas idéias surgiram.

Adesão ao tratamento com remédios

O trabalho com o Grupo é então desenvolvido com programação e atividades como: caminhada em diversos espaços públicos da cidade de Campinas e região, ginástica harmônica, ioga, vôlei e musculação, freqüência média de 25 participantes por encontro e encontros periódicos pelo menos uma vez por semana das 8h às 11h30. No final do encontro é realizada uma roda para reflexão das atividades do dia.

Em todos os encontros é reforçada a importância da adesão ao tratamento. Os resultados positivos na qualidade de vida dos participantes são observados de diversas maneiras: Melhora do estado nutricional e emocional, na adesão ao tratamento, na inserção em outros projetos de inclusão social, na relação entre o serviço e seus usuários e no entusiasmo visível com que participam.

Enfrentar a síndrome com a promoção da saúde, driblar as dislipidemias, o isolamento social e a depressão, fortalecer a idéia de que técnicos, usuários, familiares e parceiros aprendem dia a após dia uma nova forma de trabalhar com saúde e qualidade de vida com as pessoas vivendo com HIV/aids e com a prevenção positiva estão entre os objetivos e desafios do CR com este Grupo.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS

Programa de Aids realiza teste de HIV com diagnóstico rápido na concentração da Parada Gay 2009 de Campinas

Resultados dos exames que serão feitos das 9h às 14h podem ser entregues em 15 minutos após o teste que é de graça, sigiloso e pode ser feito de forma anônima; para saber mais a população deve informar-se pelo 3226 - 7475

Entrevistada: Cláudia Barros Bernardi – Médica Infectologista do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

Pela primeira vez na história da Parada Gay de Campinas, o evento contará com teste de HIV com diagnóstico rápido. Os exames serão realizados das 9h até as 14h no Largo do Pará, praça na avenida Francisco Glicério, a principal da cidade. O resultado do teste fica pronto em média dentro de 15 minutos. Mas a entrega pode demorar mais, de acordo com a demanda. Os organizadores da Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTB) de 2009 estimam público de pelo menos 100 mil pessoas. O local escolhido em que o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas realizará os testes de HIV (vírus que causa a aids) é a concentração da Parada.

O teste com diagnóstico rápido na concentração da Parada do Orgulho LGTB de Campinas é realizado pela equipe especializada do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante do Programa de Aids da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas. Além disso contará com estrutura adequada para este trabalho. O teste é de graça, e sigiloso, ou seja, só é entregue à pessoa que fez o exame. Ninguém mais fica sabendo o resultado. A pessoa poderá, inclusive, manter-se no anonimato total utilizando apenas um apelido ou senha.

No caso de o resultado ser positivo para o HIV/aids, a pessoa será encaminhada para acompanhamento e, se necessário, tratamento no Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas. A aids não tem cura mas o tratamento através de medicamentos antirretrovirais (ARVs), é oferecido gratuitamente pelo SUS em todo o Brasil. Além disso, o Centro de Referência de DST/Aids de Campinas oferece terapias complementares, inclusive para combate a eventuais efeitos adversos dos medicamentos.

Além do CTA Itinerante, que opera em grandes eventos e locais de elevado fluxo de pessoas, o teste de HIV com diagnóstico rápido é oferecido de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h no CTA Ouro Verde do Programa de Aids localizado junto ao Hospital Ouro Verde. O telefone para mais informações sobre o teste com diagnóstico rápido, gratuito, sigiloso e anônimo podem ser obtidas no próprio CTA Ouro Verde, na avenida Rui Rodrigues, 3434, ou por telefone, também de segunda a sexta, das 7h às 19h ou pelo telefone (19) 3226 – 7475.

Saúde oferece 80 mil preservativos na Parada Gay de Campinas

Medida junto ao público LGTB visa manter em queda a epidemia de aids

Como estratégia de saúde pública, o preparo realizado em Campinas é para distribuição de 80 mil preservativos masculinos durante a Parada do Orgulho Gay da cidade. O objetivo é que, dando visibilidade à camisinha, ela seja adotada como uma peça de uso cotidiano para prevenção do HIV (vírus que causa a aids) e outras doenças sexualmente transmissíveis. A Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTB) de Campinas é domingo, dia 28, com concentração no início da tarde, no Largo do Pará –Avenida Francisco Glicério principal avenida da cidade de um milhão de habitantes no interior de São Paulo.

Está é a maior quantidade já entregue no evento realizado anualmente. O trabalho é pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura e seus parceiros da Sociedade Civil. Com a medida, a Secretaria da Saúde visa proteção da saúde coletiva e individual. Durante todo o ano, moradores de Campinas usuários dos Centros de Saúde de Campinas podem buscar preservativos nas unidades da rede municipal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). A população que deseja saber mais sobre aids e outras doenças sexualmente transmissíveis pode informar-se na unidade mais próxima do SUS ou pelos telefones 0800 61 1997, do Ministério da Saúde, ou 0800 16 2550, do Programa Paulista de DST/Aids (Secretaria Estadual da Saúde).

Secretaria da Saúde de Campinas terá 60 funcionários na Parada Gay

O trabalho é de distribuição de camisinhas, estímulo ao diagnóstico e, se necessário, encaminhamento para tratamento

Pelo menos 60 funcionários da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas trabalham dia 28 de junho, domingo, na Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTB) de 2009. O trabalho é desenvolvido pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) de Campinas.

A estrutura conta ainda com um carro de som contratado pelo Programa que terá participação de autoridades e convidados do Movimento LGTB para a promoção da visibilidade às ações de prevenção ao HIV/aids, estímulo à realização do teste de HIV e, se necessário, encaminhamento ao tratamento da doença. A aids não tem cura mas tem tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O atual modelo de gestão do Programa de Aids de Campinas, de acordo com as recomendações e a exemplo dos Programas de DST/Aids de São Paulo (Secretaria Estadual da Saúde) e Programa Nacional de DST/Aids (Ministério da Saúde) encontra a eficácia e eficiência nos resultados das estratégias de prevenção através da parceria com a sociedade civil organizada, pessoas vivendo com o HIV/aids e técnicos do SUS para conter o crescimento da epidemia que, no caso de Campinas, encontra-se em declínio.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes


PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS