Camisinha e acompanhamento disponível no SUS desmistificam relações sexuais entre pessoas vivendo com HIV com quem não tem o vírus da aids

Sorodiscordância” é o termo usado por técnicos do Sistema Único de Saúde e ativistas da sociedade civil organizada para situação em que pessoas vivendo com HIV relacionam-se sexual e afetivamente com uso de preservativos e acompanhamento médico com pessoas que não têm o vírus da aids

Entrevistada: Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario - Enfermeira sanitarista, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas

O uso correto e frequente de camisinha em todas as relações sexuais e o devido acompanhamento de uma equipe da Saúde. É uma receita simples e objetiva para pessoas vivendo com HIV relacionarem-se sexual e afetivamente com pessoas que não têm o vírus da aids. A orientação, aliás, é a que vale para todas as pessoas, tenham ou não o HIV. O preservativo é a forma mais segura de prevenção ao HIV, à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A condição de um casal, por exemplo, onde duas pessoas, uma com HIV e outra não, relacionam-se sexualmente é chamado de “sorodiscordância”. Esta realidade é possível e requer, como em qualquer outra relação, as mesmas medidas de prevenção. Além do sexo seguro, com uso da camisinha, as pessoas também não devem compartilhar objetos perfuro-cortantes. E neste caso valem as mesmas informações com que o Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas orienta toda a população: Não compartilhar seringas e agulhas.

“Sorodiscordância não significa nada. Quando as pessoas se amam ou querem fazer sexo, o que importa é que cada uma, cada vez que isso for acontecer, cuide do seu próprio corpo. Use camisinha. Aliás, quando uma sabe que tem o HIV e a outra não sabe, é um ato de amor, muitas vezes, e um ato de amor que deixa o prazer muito mais solto e muito mais seguro quando os dois usam camisinha. Então, a sorodiscordância é um detalhe. O que é mais importante é a vida de cada um, de quem tem e de quem não tem HIV”, explica a enfermeira sanitarista Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario, coordenadora do Programa Municipal de DSTS e Aids de Campinas.

Sistema Único de Saúde

O Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DSTs e Aids de Campinas também orienta as pessoas que relacionam-se com quem vive com HIV/aids para que busquem informações corretas nos serviços adequados. O SUS oferece camisinhas e teste de HIV/aids gratuitamente. “Mas a atitude de usar a camisinha e fazer o teste de HIV é de cada um”, destaca a coordenadora do Programa de DSTs e Aids de Campinas. Para saber mais, a população deve procurar o Centro de Saúde mais próximo. Ou os serviços especializados.

A aids não tem cura, mas tem tratamento. O Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DSTs e Aids de Campinas deve ser procurado pela população que deseja saber mais sobre o HIV, sobre a aids, sobre outras doenças sexualmente transmissíveis e sobre o uso correto e frequente de preservativos em todas as relações sexuais, bem como como acessá-los na Rede Pública de Saúde e onde fazer o teste de HIV (gratuito, sigiloso e anônimo). A população também pode informar-se sobre as DSTs, o HIV e a aids por telefone por meio do “Disk-Saúde” do Ministério da Saúde: 0800 61 1997 ou também por meio de ligação gratuita, no “Disk Aids” da Secretaria Estadual de Saúde: 0800 16 2550.

Campinas possui duas unidades fixas especializadas na realização do teste de HIV:
O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Centro, telefone (19) 3236 – 3711, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na rua Regente Feijó, 637, Centro.
E o CTA Ouro Verde, localizado junto ao Hospital Ouro Verde (região Sudoeste, próximo ao Terminal de Ônibus Ouro Verde), na Avenida Rui Rodrigues, 3434, que funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. O telefone do CTA Ouro Verde é 3226 – 7475. No CTA Ouro Verde é realizado o teste com diagnóstico rápido para o HIV, também gratuito, anônimo e sigiloso, com resultado em 15 minutos.

Mais informações à Imprensa: (19) 9373 – 5001, com Eli Fernandes

PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS